Momentos Mágicos – dia 11 de maio de 2018


Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida. Bob Marley


Hoje visitei uma empresa de engenharia, pois, desejamos dar uma solução para o esgoto ao céu aberto em uma comunidade em Joinville, onde moram 20 famílias e na qual trabalhamos a cerca de dois anos com diversos projetos.

Desenvolvemos ações dando as mãos para ONGs, empresas e pessoas que se dispuseram a realizar mudanças num cenário caótico que encontramos.

Comecei a escrever esse projeto e já perdi o controle de quantos parceiros já atuaram e continuam atuando conosco.

Ainda existe um longo caminho para a solução dos problemas estruturais na comunidade, mas, o esgoto nos incomoda mais, por tratar-se de problema de saúde pública.

Interessante essa constatação: problema de saúde pública. Isso significa que o poder público deveria dar conta dessas soluções, mas, não estarei contando nenhuma novidade se relatar os difíceis percalços que existem e que parecem provar que o modelo de governo que temos eterniza problemas sérios por razões burocráticas inócuas.

Não sou contra a burocracia: é necessário que ela exista para que sejam garantidos os resultados esperados e que se evitem desvios. Entretanto, nossa burocracia consegue inviabilizar serviços essenciais mas permite desvios milionários para fins espúrios, como vemos todos os dias nos noticiários.

De qualquer forma, meu momento mágico de hoje foi perceber que existem muitas pessoas interessadas em realizar mudanças e que não esperam o poder público. Ao contrário, demonstram que podemos realizar grandes projetos com um só sentimento: a vontade.

A vontade nos faz superar todos os obstáculos e move a evolução do mundo.

Num dia 11 de maio, no ano de 1981, Bob Marley nos deixava e, por essa razão, selecionei uma de suas sábias frases para dar início a esta narrativa.

Lutar por direitos humanos nos faz atores sociais de real transformação e nos faz felizes – adquirimos um propósito para viver.

Estou feliz em saber que temos a chance de tirar as crianças dessas 20 famílias do contato com o esgoto ao céu aberto, independente de todas as negativas e problemas apresentados por aqueles que deveriam nos trazer soluções.

Mais feliz ainda em saber que a solução não virá por uma pessoa, mas por uma constelação de empresas, ONGs e pessoas que me fazem acreditar na humanidade, apesar de tantas mazelas.




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