Momentos Mágicos – dia 22 de maio de 2018


“Deixai vir a mim as crianças, não as impeçais, pois o Reino dos céus pertence aos que se tornam semelhantes a elas”. Mateus 19


Meu trabalho, como já mencionei antes, consistem em visitas a famílias em vulnerabilidade social e também a pessoas com deficiência.

Alguns colegas me dizem que não conseguiriam fazer essas visitas, pelo fato de encontrarmos muitas vezes situações de doenças, miséria ou abandono.

De fato, conheço muitos casos assim e novos surgem todos os dias.
Acho que me tornei prático: procuro fazer o que está ao meu alcance e buscar ajuda quando posso para o que está além.
Sei que sou limitado e que não posso resolver os problemas das pessoas, mas, se consigo resolver o assunto que me levou a elas, me sinto com o dever cumprido.

Mas, o que me chamou à atenção hoje, meu momento mágico, foi a visita que fiz à comunidade Caminho Curto, onde realizamos um projeto há cerca de dois anos.
Tenho realizado, junto com meus colegas, trabalho voluntário em finais de semana e criei dois personagens: eu sou o “Zé no Nó” e a assistente social Alessandra é a fada “Pingo D’Água”. Tem também a bruxa, a gota e a Juxa.

O “Zé do Nó” usa um chapéu e uma capa, como um super-heroi às avessas, que só faz trapalhadas.

Ao chegarmos hoje na comunidade, o menino Vinicius veio correndo ao meu encontro e perguntou: “Zé do Nó, cadê a sua capa?”.

A visita de hoje foi de trabalho e minha missão não era a mesma do “Zé do Nó”.

Foi um momento mágico especial, que me fez refletir sobre a alegria das crianças com as coisas mais elementares e simples.

Não importa onde vamos, encontramos sempre crianças que querem brincar, que nos recebem sorrindo e as quais nos deixam saudades quando partimos – algumas delas se tornam referências.

Penso que as crianças são seres iluminados, anjos, que se alegram com abraços, brincadeiras e carinho.

Sabem que o mais é efêmero. Quanta sabedoria nesses pequeninos.




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