João Abeid Filho

A mariposa, um inseto geralmente de hábitos noturnos, simboliza a  morte que transforma  - transformação da lagarta ou a imortalidade, o renascer - bem como simboliza a  força destruidora da paixão .(dicionário de símbolos.com.br) Hoje visitei um condomínio popular em Joinville. Famoso por ter sido um dos primeiros empreendimentos dessa natureza na cidade, e temido por alguns por ocorrências policiais recorrentes, é para nós mais um dos locais que travamos relacionamentos com pessoas, muitas das quais admiramos. Encontramos nas paredes, um número grande de mariposas negras, nas entradas dos blocos do condomínio. Interessante esse fato incomum, talvez uma infestação desses insetos. Essas famílias vieram, na maior parte, de locais inóspitos, precários e sem recursos públicos. Passaram por uma grande mudança em suas vidas com o acesso a uma moradia estruturada. Isso pode explicar essa transformação simbolizada pelas mariposas. Mas, por que somente agora elas aparec

“Uma vez que você prove o vôo, nunca mais caminhará sobre a terra sem olhar para os céus, pois você já esteve lá, e para lá sua alma deseja voltar.”   LEONARDO DA VINCI Hoje vi pássaros na biblioteca. Fui à biblioteca pública para trocar livros e encontrei o teto enfeitado com aves de papel. Uma cena mágica cheia de simbolismos. Os pássaros foram montados por alunos de alguma escola e presenteados à biblioteca, apresentando-se logo na recepção, dando boas vindas aos leitores que, como eu, buscam conhecimento nas páginas amareladas dos livros doados pelos cidadãos conscientes. O conhecimento traz asas e nos ensina a voar. Saímos de nosso mundo e vagamos pelo mundo e pelo tempo, adquirindo conhecimento de escritores, estudiosos e cientistas. Uma vida de trabalho contida num livro, que pode ser lido gratuitamente por quem quer que se interesse. A leitura nos leva ao vôo e este ao céu, que, após provado, torna-se toda a nossa missão e desejo.

A vida é um mar de poesias e tu, o peixe desse mar ! Leônia Teixeira Hoje encontrei pássaros em quantidade, gaivotas na praia, mergulhando afoitas em busca de peixes. Ao fundo, pequenas embarcações com a mesma finalidade. Um vôo coletivo que mais se assemelhava a uma dança. A fome as movimentando em busca de alimento. Peixes invisíveis para mim, mas presentes para elas e também para os pescadores. Penso sobre a condição dos peixes, assaltados por muitos predadores. O que parece uma violência, faz parte do ciclo da vida. A vida de uns através do sacrifício de outros. O controle populacional de uma espécie que, sem seu predador, se multiplicaria até tornar-se praga, causando desequilíbrio e caos. Um predador que se alimenta apenas, sem aniquilar a espécie que hora se apresenta no papel de presa, acertando os mais fracos e fortalecendo-a. Uma cena mágica que nos mostra certas ocasiões nobres em nossas vidas, em que nos tornamos presas de predadores de nossa p

Te deixo livre por opção, não por fraqueza. Passarinho que amo, merece voar. Aleff Tauã Voar pode ser uma habilidade, mas, às vezes, é uma questão de opção. Temos habilidades que nos potencializam a realizar tarefas incríveis, mas também estamos inaptos a realizar outras tantas. Observamos pássaros em seus voos e invejamos essa possibilidade que nos foi biologicamente negada. Curiosamente, percebi hoje gaivotas na praia andando na areia, quando podiam voar. Estariam elas zombando de minha incapacidade de voar e me dizendo que não só voam como também podem caminhar, como eu? Ou será que minha condição de descontentamento eterno me traz julgamentos injustos, quando, de fato, predador no topo da cadeia alimentar, podendo voar talvez meu poder destrutivo se ampliasse a níveis insuportáveis para a vida no planeta? Afinal, posso voar com a ajuda de artefatos humanos, mas, apesar de mais ágil e de poder de voo a maiores alturas, possa me sentir com se usando mu

Se eu falo muito é pela minha natureza Pois eu vejo só beleza nesse ato de falar Se eu vou além é porque sou da realeza Afinal eu sou Marquesa, todos tem que me escutar (*) Hoje encontrei Emília, digo, Emílias.... Festival de dança em Joinville é assim: a gente vê todo o tipo de momentos mágicos. Hoje, em meu caminho de volta, em frente ao Bolshoy encontrei um grupo de "Emílias" (personagem central do Sítio do Pica-pau Amarelo, de Monteiro Lobato), reunidas diante de uma garota que fazia um movimento de dança em cima de uma miniatura do Bolshoy russo. Coisas insanas, do jeito que eu gosto. No meu pensamento, enquanto pilotava minha bike, eu via uma sexta-feira escura e fria que parecia anunciar um final de semana bucólico. Lá se foi a expectativa que tinha de ver o eclipse total da Lua, ou a "lua vermelha" tão anunciada para hoje. Com o céu encoberto, terei que esperar uma próxima ocorrência. Mas, se não tem "lua vermelha"

Sim, é louco. O amor ou é louco ou então não é nada. Milan Kundera Escolhi um especial: defronte ao Bolshoy, a iluminação traz à avenida bailarinas holográficas dançando na noite. A forma, a suavidade, a leveza e a beleza, tudo isso expresso em imagens que se movem e encantam. A dança é dona da cidade e se ontem eu refleti sobre a coragem de acordarmos cedo em dias frios e chuvosos, hoje vejo que existem aqueles que o fazem para dançar. Nada mais poético. A graça é dona de Joinville. Uma loucura leve, um amor experimentado.

“ Se você não acorda cedo, nunca conseguirá ver o sol nascendo. Se você não reza, embora Deus esteja sempre perto, você nunca conseguirá notar sua presença. ”  ―  Paulo Coelho -  https://kdfrases.com/frase/110725 Chuva, frio, acordar cedo.. Um cenário indesejado, a cama parece me prender com garras imaginárias. Em minha mente muitas hipóteses se formam, justificando uma possível desistência. Todas plausíveis, coerentes. Uma indisposição, tenho horas em haver, atrasei-me por conta do trânsito, minha bicicleta quebrou ou furou um pneu. Um acidente no caminho, interrompendo o fluxo de veículos na rua. Mas me vem à mente as pessoas que aguardam atendimento, visitas que precisam ser feitas, colegas que serão afetados pela minha ausência. Acima de tudo, vontade de realizar, de aproveitar a oportunidade de mais um dia no qual posso ser melhor, posso aprender algo novo, posso contribuir com projetos de outras pessoas e fazê-las mais felizes. Momento mágic

Duvida da luz dos astros, De que o sol tenha calor, Duvida até da verdade, Mas confia em meu amor. William Shakespeare Hoje comemora-se o dia nacional da iluminação elétrica.    Há 137 anos Thomas Edison acende uma lâmpada elétrica, dividindo a história e criando uma nova era. Minha história pessoal passa pela energia elétrica: trabalhei por cerca de 25 anos na CPFL Energia. Meu pai também trabalhou naquela empresa, tendo sido diretor administrativo.  Foi naquela empresa que comecei meu contato com o trabalho social, vindo a conhecer diversas comunidades em áreas de ocupação ou em processo de regularização.  A finalidade de meu trabalho era levar energia elétrica regular para locais onde as famílias acessavam esse serviço por meio de gambiarras. Além do risco de acidentes, era comum perderem eletrodomésticos pela oscilação da rede improvisada. Levar energia e luz era minha missão, mas, conheci muitas pessoas interessantes, fiz amizades e vivi história

Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses. Rubem Alves Recomeça a semana e enfrento uma segunda-feira com muito trabalho. Chego em casa ao entardecer e percebo o movimento cíclico eterno em que estamos presos. O dia chega como se a manhã nos levasse e um renascimento. A noite  cai como uma simulação da morte. Mas o dia seguinte se apresenta: renascimento? Esse ciclo diário, marcado pelos relógios, antes com ponteiros, hoje digitais, nos traz oportunidades e questionamentos filosóficos. Todo dia tem um fim e podemos iniciar o próximo dia com novas escolhas - podemos mudar nossa forma de viver, podemos nos mudar: as possibilidades são infinitas. Cada uma delas carrega em si o seu preço - cabe a nós avaliar o quanto estamos dispostos a pagar pelas novas escolhas. Se a noite simula a morte, então, como sonho, posso deduzir que a morte também pode me trazer sonhos. Se existe um amanhecer, posso deduzir que um dia poderei ressu

“ Os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz. ”  ―  Milan Kundera Este final de semana cuidamos de uma cadelinha Yorkshire, de um casal de amigos. Apesar do curto tempo em que nos conhecemos, ela comportou-se como se fôssemos amigos antigos. Nos momentos em que não lhe demos atenção, ela veio nos chamar para brincar. Trazia sua bolinha, jogava aos meus pés e se afastava, pedindo dessa maneira, que eu jogasse a mesma para que fosse então buscá-la, trazendo-a de volta para reiniciarmos a brincadeira. Uma alegria e uma iluminação em casa.  Indiferente ao nosso comportamento, ela queria brincar.  Esse momento mágico da brincadeira, que me trouxe a consciência que não somente nós, humanos, brincamos. A brincadeira nos une, não somente entre nossa espécie, mas, de forma mágica,

Festival de dança para todos... O momento mágico de hoje foi saber que o Festival de Dança de Joinville está sendo acessível a todos. Isso inclui deficientes visuais e auditivos. Pessoas do calibre de Paulo Sérgio Suldovski e Rute Souza fazem história na audiodescrição e na apresentação em Libras dos espetáculos na cidade. Tenho a honra de conhecê-los e me impressiona o excelente trabalho que realizam, na luta pela inclusão de pessoas com deficiência em todas as oportunidades que a sociedade tem o dever de oferecer, mas que lamentavelmente se omite. Pessoas que se projetam pelo que fazem, pelos esforços, pela doação pessoal, pelo propósito e pelo legado. Pessoas que me fazem crer que a humanidade tem jeito, apesar dos pesares.

Crianças pulando, e a vontade de pular com elas.... Hoje foi dia de atendimento no condomínio Rubia Kaiser B, no Jardim Paraíso, na cidade de Joinville. Enquanto a cidade se envolve com a dança no centro, as crianças desse condomínio receberam nossa troupe, com cama de bolinhas, pula-pula, pipoca doce e balas. Enquanto os pais eram atendidos, as crianças corriam, pulavam, pintavam seus rostos e desenhavam. Uma alegria infantil, apenas pelo momento, pelas brincadeiras, sem pensar no passado, sem pensar no futuro, vivendo o momento presente com toda a intensidade. Crescemos e desaprendemos essa visão de mundo tão elementar. Depois procuramos meditação e outras técnicas para podermos viver com esse olhar, Olhar mágico.

O campo sensório não tem uma “meta”, um objetivo final, é o campo de experiência. A pessoa não pula como  objetivo  de pular, pula porque está feliz, porque é prazeroso, porque quer pular!(*) Espetáculos de dança invadem a cidade de Joinville. Na praça central, uma tenda é montada e grupos de dança se revesam, apresentando espetáculos gratuitos,  com extrema graça. Os movimentos são leves e o que apresentam são manifestações que parecem ser tão naturais como o ato de caminhar. fui buscar o meu chão na dança, nela havia uma alegria, algo que me conectava com meu corpo (*) A alegria contagia, parte de um certo nervosismo inicial, pela exposição em público, alcançando progressivamente um estado de brincadeira alheia. Os bailarinos começam expondo-se ao público, mas, aos poucos, deixam o movimento tomar conta, a dança como expressão sensorial como se fosse transpiração. na dança a pessoa se conecta com o sagrado, justamente se desconecta desse excesso de racio

Davi e todos os israelitas iam cantando e dançando perante o Senhor, ao som de todo o tipo de instrumentos de pinho, harpas, liras, tamborins, chocalhos e címbalos. 2 Samuel 6:5 A dança é uma linda manifestação humana e parece inerente a todas as culturas e em todos os tempos. Hoje, no segundo dia do Festival de Dança de Joinville, o teatro Bolshoi estava repleto de dançarinos e apreciadores da dança. Ônibus de todas as partes do país se acumulavam na avenida diante do teatro. A magia da música está no ar e ela é contagiante. Espetáculos gratuitos em alguns pontos do centro já se iniciaram. É bom dançar, pois, conseguimos manifestar em gestos o que muitas vezes as palavras não são capazes de fazê-lo.

Enquanto a dança trouxer alegria às nossas vidas a tristeza terá de aguardar sua vez. * Começa o Festival de Dança em Joinville.. A magia toma conta da cidade. A cidade começa a receber pessoas de todos os cantos do país para exibições públicas e na escola Bolshoi. A organização criou uma página na internet para divulgação do evento, que é o maior festival de dança do planeta: http://festivaldedancadejoinville.com.br/ Além de danças de todos os gêneros, serão realizados seminários e cursos. Para quem não pode pagar, basta ir ao centro da cidade, onde é montada uma tenda e bailarinos se apresentam gratuitamente. Também um shopping Center central abre espaço para apresentações gratuitas. A cidade vive novos momentos mágicos inesquecíveis. Os bailarinos andam pelas ruas com suas roupas de apresentação, criando um cenário que torna a cidade um palco ao céu aberto. Hoje presenciei um desses momentos mágicos: um grupo de jovens dançarinos de Pernambuco (

A palavra “ coragem ” tem sua origem no Latim  CORATICUM , e possuía o mesmo significado. Este termo latino é composto por  COR , que significa “coração” e o sufixo -ATICUM, que é utilizado para indicar uma ação referente ao radical anterior. CORATICUM seria, literalmente, ação do coração, isto porque acreditava-se que era neste órgão que a coragem se alocava. * Num dia como hoje, em 16 de julho de 1969, foi lançada a Apollo 11, primeira missão espacial tripulada a pousar na Lua. Um fato histórico de grande impacto e que permitiu ao homem pisar em terreno extraterrestre. Viagens ocorreram antes, na época das grandes navegações, quando tripulações lançavam-se ao mar em busca do desconhecido, de terras ainda não descobertas. Muito mistério continham essas viagens e muita coragem da tripulação que tinha conhecimento da possibilidade de não retornarem com vida. Essa coragem em lançar-se ao desconhecido impulsiona o desenvolvimento humano, muito embora sejamos muitas

A globalização rompe fronteiras. Fronteiras interrompem a imigração. Leandro Pantera Hoje assistimos à final da Copa do Mundo de futebol. A França venceu.  Mas, mais da metade do time francês é composta de filhos de imigrantes. A imagem dos vencedores é um momento mágico de grande impacto: olhamos o time francês e vemos homens com traços africanos.  A beleza da imagem nos mostra que a conquista alcançada deu-se, sobretudo, pela força da integração dos povos. Mostra-nos que as fronteiras são apenas abstrações humanas e que alcançamos muito quando as derrubamos. Num momento histórico em que se discute a inclusão, a aceitação, a tolerância, essa mistura étnica demonstra a força da união entre os povos. Viva a França ! Viva a África ! Viva todos aqueles, de todas as nações, que se unem por lutas comuns. Fonte:https://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/modric-e-eleito-o-melhor-da-copa-e-mbappe-leva-premio-de-jogador-jovem.ghtml

A Pesca Este texto está sendo postado com atraso, por problemas que tive com a internet. Mas, os momentos mágicos não dependem de tecnologia: ocorrem e sempre ocorreram. Encontrei pescadores, em meio a um mar solitário. O que procuravam estava escondido na paisagem, mas, eles sabiam que lá estavam. A fé inabalável se baseia na profissão que escolheram. Trocaram escritórios pelo mar, as certezas pelo aleatório. Esses homens (e mulheres), lançam-se ao mar bem cedo, enfrentam diariamente uma rotina que não os aborrece, ao contrário: os fascina. Momento mágico com profissionais que praticam uma das mais antigas profissões e que compõem a paisagem marinha com seus barcos e sua persistência.

O que faz de mim ser o que sou, é gostar de ir aonde ninguém foi. (BIAFRA) O Vôo Num dia como hoje, num 13 de julho de 1901, Santos Dumont contorna a Torre Eiffel, em Paris, com um dirigível. Assim como um pássaro, Dumont desafiava  alei da gravidade e impressionava a humanidade com sua ousadia e genialidade. O desejo em ir além é uma das mais belas manifestações humanas, sendo a ciência sua ferramenta fundamental. Nos dias de hoje, inúmeros objetos voam sobre nossas cabeças, como aviões, helicópteros, dirigíveis, foguetes, drones e até mesmo alguns não identificados. Mas a graça do vôo dos pássaros é singular e origem de nossas conquistas acima do solo. A natureza nos inspira e dela extraímos as idéias e mecanismos para a construção de novas conquistas. O vôo simboliza a liberdade, a ousadia. Nossa vida parte do colo ao solo e do solo à sublimação do espírito, que, em nosso ideário, voa livre quando se liberta de nossos corpos. Voar é, em síntese, experimenta

O que é bonito me encanta, mas o que é sincero me fascina.* Hoje visitamos uma cliente no horário próximo ao meio-dia. Seu netinho, um garoto falante aparentando uns 7 aninhos, perguntou-me por que eu fui incomodá-lo no horário do almoço. A espontaneidade do menino foi um momento mágico que merece minha reflexão. Ele não foi rude, apenas me perguntou sobre minha visita inoportuna naquele horário. Fez a pergunta sem rodeios, mas também sem me ofender. Foi sincero. Expliquei a ele que a visita seria rápida e que ele poderia almoçar sem problemas. Conversamos na sequencia com muita naturalidade. Ao sair, ele foi acompanhando o carro da empresa acenando um adeus igualmente sincero, de quem se despedia de amigos. As crianças tem essa habilidade, de serem sinceras sem rancores, de dizerem o que pensam sem más intenções e de nos dizerem verdades de forma natural. Com o passar do tempo, perdemos essa habilidade e nos tornamos formais. Escondemos muitas vezes nossos sentimento

Quando você nasceu, todos sorriam e só você chorava. Faça tudo para que, quando você morrer, todos venham a chorar enquanto você sorri. (CONFUCIO) Hoje soube, pela manhã, que uma pessoa que sequer conhecia, veio a falecer, após longo período adoecida. Soube por intermédio de uma colega de trabalho, que nos contou o fato entristecida, que ocorrera com sua vizinha. Sem detalhes, imaginei tratar-se de uma mulher ainda jovem e senti profundamente sua morte. Me vieram à lembrança situações de perdas vividas em diversos momentos de minha vida. A perda valoriza a posse e dá a ela o seu devido valor, pois que temos a correta dimensão de que não podemos nos apropriar de coisas ou pessoas, pois as coisas se vão, assim como as pessoas, assim como nós. Nada é passível de posse por tempo indeterminado. Talvez a dor da perda surja da conscientização de nossas limitações e da imprevisibilidade de nosso tempo. Mas existe um sentimento maior: a empatia. A empatia humana pode sup

Todos os homens se nutrem, mas poucos sabem distinguir os sabores. Confúcio Hoje caminhei pelo centro e senti o sabor das cidades, digo, das grandes cidades. Ao contrário de muitas pessoas que conheço, minhas lembranças de infância e juventude são da cidade de São Paulo. Andar pela cidade me traz recordações, me faz sentir em casa. Pessoas andando em direções opostas, disputando espaço com automóveis, bicicletas. A sensação de estar só em meio a multidão. Os odores que se misturam, as vitrines, os vendedores, os sons. Uma sensação de caos, mas, ao mesmo tempo, um sentimento de pertencimento. É possível sumir na multidão e isso nos dá uma certa sensação de liberdade. Ao mesmo tempo, as limitações de espaço, a necessidade constante de se desviar, o perigo à espreita. Momento mágico de humanidade, de liberdade e de caos. fonte: https://br.depositphotos.com/63170825/stock-photo-crowd-of-shopping-people-in.html