Momentos Mágicos – dia 23 de julho de 2018
Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.
Recomeça a semana e enfrento uma segunda-feira com muito trabalho. Chego em casa ao entardecer e percebo o movimento cíclico eterno em que estamos presos.
O dia chega como se a manhã nos levasse e um renascimento. A noite cai como uma simulação da morte.
Mas o dia seguinte se apresenta: renascimento?
Esse ciclo diário, marcado pelos relógios, antes com ponteiros, hoje digitais, nos traz oportunidades e questionamentos filosóficos.
Todo dia tem um fim e podemos iniciar o próximo dia com novas escolhas - podemos mudar nossa forma de viver, podemos nos mudar: as possibilidades são infinitas. Cada uma delas carrega em si o seu preço - cabe a nós avaliar o quanto estamos dispostos a pagar pelas novas escolhas.
Se a noite simula a morte, então, como sonho, posso deduzir que a morte também pode me trazer sonhos. Se existe um amanhecer, posso deduzir que um dia poderei ressuscitar, e as promessas de Jesus ganham provas.
Mas, como o ciclo existe em função do tempo, não se trata de um movimento circular, mas de uma espiral ascendente: a cada volta subimos um nível.
Perceber esse momento mágico em curso e tão presente em nossa vida é, muitas vezes, difícil.
Hoje uma colega disse querer ser uma borboleta. Sua amiga retrucou: as borboletas vivem a maior parte de suas vidas na forma de lagartas e experimentam um curto período de transformação e beleza, perto de sua morte.
Fiquei a pensar: quem dera eu possa, depois de uma vida de lagarta, ter a oportunidade de voar, de levar beleza, mesmo que isso seja breve. Seria meu último movimento e ele me levaria para o alto.
Vale a pena ser borboleta.
fonte: https://osegredo.com.br/ei-diga-me-o-que-voce-e-uma-lagarta-ou-uma-borboleta/
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