Momentos Mágicos – dia 13 de janeiro de 2018
A vida na Terra é abundante. E persistente.
Muito embora saibamos agora de
nosso poder de destruição, também sabemos que é muito mais provável que a Terra
sobreviva ao homem do que o contrário. Podemos destruí-la diuturnamente, mas, no
final, seremos eliminados e, após alguns milhares de anos, a Terra se
recomporá.
A força da vida e sua constante
luta por espaço ocorre em todas as formas, em todas as espécies.
Existem formas de vida extintas,
sim, mas, novas formas surgirão adaptadas e mais resistentes. Talvez um dia
existam no planeta apenas espécies resistentes ao homem, ou, apenas outras
espécies após o homem.
De qualquer forma, os sinais
dessa resistência estão em todo lugar e, hoje, meu momento mágico encontra
espaço nessa luta.
Olho para o chão e vejo a vida
indesejada, eliminada por um tempo e colocada numa tumba de concreto, encontrar
um caminho e reaparecer, forte, vigorosa e, mais uma vez, bela.
Não bastou jogar cimento,
arrancar sistematicamente suas mudas, as plantas desafiam o concreto e saltam
para o mundo.
Não desistem, não se entregam,
enfrentam as barreiras pensadas como intransponíveis e nos provam que não é possível
evitar a vida.
O recado é dado a todo momento,
no caminho por onde todos passamos. Apesar de um movimento silencioso, profetiza
um futuro certo, de vida na Terra.
Dizem os orientais que um graveto
flexível tem mais chances de sobreviver a um temporal do que um tronco rígido –
o graveto se curva ao vento, enquanto que o tronco se parte.
Na luta entre o concreto e a
delicadeza de uma planta rasteira, esta última é a que decerto vencerá.
A vida não se promove na força,
mas, na perseverança, na paciência e, às vezes, na sutileza e leveza de uma
planta.
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