Momentos Mágicos – dia 27 de abril de 2018

"As pessoas não perceberam que o pensamento moderno está dando sinais de esgarçamento, e a fé tecnológica está gerando fundamentalistas da ciência." (ROSENBAUM, p.233)

Hoje meu momento mágico veio com a constatação de que o conceito de "modernidade" é relativo, muitos o usam com um elevado grau de preconceito e não justifica divisões de gerações.

Em primeiro lugar, vamos definir o que significa "moderno":

O conceito de moderno aparece no meio do século XIX e constitui-se em uma reação ambígua da cultura à agressão do mundo industrial. (Wikipedia)

Isso explica porque ouço essa palavra desde que nasci e ela continua sendo forte, sobretudo para separar gerações.

Existem sociólogos que definem nosso momento presente como "pós-moderno". A população em geral, usa essa palavra para referir-se ao que é recente, novo.

Ora, o tempo traz, constantemente, descobertas e tecnologias novas. 

Apesar de muitos alardearem que vivemos um momento de grandes mudanças, isso me parece vazio: afinal, as mudanças sempre ocorreram.

Vou exemplificar: minha mãe, com 89 anos, viveu momento de guerra mundial, assistiu à evolução da aviação comercial, assistiu a chegada da televisão, primeiramente em preto e branco e, depois, em cores. Viu o homem pisar na lua ao vivo, na TV. Assistiu a queda do muro de Berlim, o ataque das torres gêmeas, a chegada dos computadores pessoais e a internet. 

Dizer a ela que o mundo presente traz mudanças é no mínimo hilario.

A frase que selecionei no início deste texto mostra um pensamento que eu compartilho: muitos acreditam que o mundo atual é moderno, que antes desta geração, os dinossauros andavam por aí. Perderam a fé na observação, no viver o momento presente, no sentir o vento no rosto, para deslumbrar-se numa tecnologia que muitas vezes fundamenta-se no consumo insano e predatório.

Minha mãe conversa com meu irmão no Canadá, através do seu i-pad, utilizando-se de sua página no Facebook.

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