Momentos Mágicos – dia 24 de abril de 2018
O perplexo pode estar menos munido de fé que o crente, mas há nobreza suficiente na perplexidade. A arrogância é somente possível numa raça que espera sempre o máximo e já não se espanta mais (...) - Rosembaum, p.173(*)
Espantar-se, admirar-se, são emoções em muitos de nós adormecidas. Esse adormecimento revela uma morte progressiva em nossa criatividade e em nosso poder de questionar.
O questionamento está na raiz do processo evolutivo humano. O contrário nos leva a uma condição de manada, reproduzindo mais do mesmo.
É comum esquivarmos de respostas com justificativa como "todos fazem assim". Fazer como todos é o mesmo que se anular.
Há algum tempo, pensava que muitos agem dessa forma por conta de um mecanismo de alienação - hoje tenho dúvidas.
A alienação pressupõe que não existem opções para aqueles que estão sob seu julgo. Entretanto, existe o "conforto" em não questionar, em parar de pensar e apenas deixar-se levar pela manada. Seria a alienação uma opção?
Mas, se a evolução depende de questionamentos, pode ser igualmente verdade dizer que não questionar significa regredir e colocar em risco a sobrevivência da espécie.
Quando não existem respostas é que se conhece quem pergunta. Rosembaum, p.180(*)
Meu momento mágico de hoje deu-se com leituras, que me fizeram pensar em nossas perguntas existenciais.
Curioso pensar que, apesar de milênios de história conhecida, ainda não conseguimos responder às primeiras perguntas existenciais que toda criança nos faz: de onde viemos, para onde vamos, por que existimos?
(*) ROSEMBAUM, Paulo, A VERDADE LANÇADA AO SOLO, Editora Record, 2010.
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