Momentos Mágicos – dia 8 de fevereiro de 2018
A hora do encontro é também
despedida. A plataforma desta estação é a vida.
Hoje decidi olhar com mais
atenção para um dos lugares por onde passo diariamente: a estação de ônibus terminal
central.
Passo perto, pois, meu veículo é
a bicicleta, veiculo que é uma das referências da cidade de Joinville,
conhecida, entre outras coisas, como a cidade das bicicletas.
Mas, voltando à estação de
ônibus, percebi o movimento de idas e vindas, pessoas vindo para o centro e
outras indo para os bairros, atropelando-se pelo caminho.
Esse movimento de passagem,
provoca inúmeros sentimentos em todos nós, como a espera pelo ônibus, a procura
por uma cadeira desocupada, o que é raro encontrar, o equilíbrio necessário
para os que ficam em pé. A expectativa da chegada, os sons do trânsito, as
buzinas, freadas. Os odores, os olhares.
Alguns viajam com fones de
ouvido, outros dormindo, ambos buscando a fuga para um lugar imaginado,
distante e virtual. Outros buscam em seus celulares as mensagens virtuais, como
se pudessem estar, mesmo em meio a uma multidão desconhecida, perto daquelas
pessoas que escolheu relacionar-se.
Existem os elegantes, os nem
tanto, os apressados e impacientes, os educados e os mal educados. Gente de todas as origens, de todas as
cores, que se aproximam, se tocam, mas
não se relacionam, apenas compartilham um espaço temporário, em função do
destino escolhido.
A chegada na estação se dá como
se porteiras abertas permitissem uma explosão de corpos, antes enlatados, agora
correndo em diversas direções, desviando-se de vendedores ambulantes e de
pedintes.
Na saída da estação, lojas, quiosques,
carrinhos de lanches, pipoca e todo o tipo de comércio barato à disposição,
pessoas que dependem da venda para sobreviver e que tentam pinçar os apressados
passageiros no caminho.
Um momento mágico de vislumbre da
vida real, da rotina diária, cheia de cores, odores, sabores e destinos.
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