Momentos Mágicos – dia 11 de fevereiro de 2018

A Chuva

Eu perdi o meu medo, o meu medo da chuva
Pois a chuva voltando prá terra traz coisas do ar.
Apendi o segredo, o segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar...


A chuva é uma velha conhecida na cidade de Joinville, acostumada com enchentes que incluem até mesmo as ruas centrais com certa frequência.

Certa vez, pouco depois de mudar-me, passei pelo centro onde um rio ocupava o local onde alguns momentos antes havia uma rua. Passei por esse rio com água acima dos joelhos. No dia seguinte, a cidade não apresentava qualquer sinal da chuva.
Fiquei impressionado com a maneira como a cidade lida com as chuvas e se recupera de forma tão célere.

Hoje a chuva é leve, cai suavemente, soa como um sonífero num domingo em que muitas pessoas se ocupam com o carnaval.

Refresca-nos após uma manhã quente e nos embala num torpor gostoso.

A chuva criava pânico em minha avó paterna, que corria a fechar as janelas com uma inquietação contagiante.

Para mim, é um fenômeno de múltiplas consequências, podendo destruir e levar vidas, quando se mostra em seu estado de fúria, mas, pode também embalar-nos com sua suavidade, perfume e frescor, quando em seus momentos de bom humor.

Hoje se mostra como um momento mágico, lava minha alma e me torna leve com sua graciosidade.




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