Momentos Mágicos - 04 de Outubro de 2018

Somos aquilo que chamam de yin yang,somos as almas que se completam mesmo sendo tão diferentes.

Hoje o céu está carregado por aqui em Joinville.

A cidade onde tradicionalmente chove muito, este ano até que não mereceu essa pecha.

Mas as chuvas estão presentes esta semana, oscilando momentos de calor e de frio.

Essas oscilações entre chuva e sol, quente e frio, me trazem à mente a reflexão sobre a natureza interpretada como dual por muitos pensadores que nos influenciam, direta ou indiretamente.

Nossa cultura fundamenta-se no dual, ao menos em forma de estruturação do pensamento.

Nossa tecnologia fundamenta-se no dual: a programação de todos os computadores parte de um sistema binário de 0 e 1.

A religião divide a criação em bem e mal, céu e inferno, ying e yang. 

Nossa linguagem utiliza-se desse conceito, somos altos ou baixos, novos ou velhos, ricos ou pobres, homens ou mulheres, inteligentes ou alienados.

Na política, somos direita ou esquerda.

Se esse modelo dual, também conhecido como cartesiano, por modelar-se nos postulados de René Descartes, nos trouxe velocidade na evolução. 

Existem porém mais do que opostos e isso está nos causando perplexidade. A constatação de que entre a chuva e o sol existe a garoa, o chuvisco, faz com que nos sintamos desconfortáveis.

O dual é muito mais fácil de conceber: as nuances não o são.

Hoje discutimos, especificamente no Brasil, sobre políticas e políticos.
A discussão tem sido acalorada e divide a população.

Pessoas estão perdendo a amizade e algumas mostram violência nas suas críticas: não basta defender uma idéia, parece ser necessário destruir quem pensa o oposto ou conferir-lhe todas as culpas pelas mazelas que trazem sofrimento.

Prefiro pensar que tanto o sol quanto a chuva são necessários para a vida no planeta, que não existem pessoas totalmente boas e nem aquelas totalmente más, que as pessoas são imperfeitas.

E a evolução humana parece apoiar-se no desconforto do não dual. Toda vez que nos damos conta de que o dual não resolve, criamos algo novo e damos um salto evolutivo.

No budismo, o ying e o yang são opostos, mas, a perfeição e a felicidade se encontram no equilíbrio desses opostos, no caminho do meio.

Momentos mágicos de sol, chuva, luz, escuridão.

Fonte: https://feng-shui.lovetoknow.com/yin-yang/yin-yang-meditation




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