A GUERRA POR (CONTROLE DA) INFORMAÇÃO GANHA NOVO SALTO
A Apple não
quer mais os iPhones ficando sem internet
Indo além do
5G. A Apple está fechando uma parceria com a SpaceX — empresa espacial do Musk
— para integrar a rede de satélites Starlink aos iPhones... Para você
relembrar… A Starlink é um braço da SpaceX que, em vez de usar torres e cabos,
ela transmite o sinal via satélite diretamente para uma antena instalada pelo
usuário, funcionando até em áreas afastadas que não chega sinal.
Why it
matters: A Starlink tem mais de 7 mil satélites em órbita e já atende 2,3 mi de
pessoas, além de representar mais de 65% dos satélites em órbita na Terra.
Antes, o foco
era apenas atender casas, barcos e aviões, mas está dando um grande passo
conectando celulares diretamente. Pense que existem mais de 1 bilhão de iPhones
no mundo. Estamos falando de um big deal.
Fonte: “The News”
(newsletter), 30/01/2025
O mercado de informação é
gigantesco e criou uma possibilidade assustadora: o controle por parte de
poucos.
No mesmo post:
“Mais uma AI
chinesa? A Alibaba anunciou ontem que está lançando uma nova versão do seu
modelo de AI, o Qwen 2.5, e afirmou que ele é ainda melhor que o DeepSeek-V3.
E por falar
em DeepSeek… A Itália proibiu o download da inteligência artificial,
questionando como a empresa lida com os dados pessoais dos usuários.
Uma nova guerra fria, entre a
China e os EUA, que esquenta pela posse e domínio das comunicações.
Existe a crescente polarização, que
já foi criada pelos meios digitais de comunicação com a clara intenção de domínio
político e ascensão do novo fascismo que se intitula como “extrema direita”,
que potencializa o ódio e a violência, sobretudo sobre os mais vulneráveis. E
cada vez mais nas mãos de poucos com intenções claramente comerciais, influenciando
políticas que lhes venham a garantir lucros estratosféricos sem qualquer
preocupação com as mazelas humanas, como a miséria, a fome e o meio ambiente.
Os resultados são os cada vez mais
frequentes desastres ambientais, a proliferação de doenças que poderiam ser
curadas (movimento antivacina que já vitimiza principalmente crianças), a
violência contra a mulher, o retrocesso de políticas adotadas para inclusão de
pessoas com deficiência e outros segmentos sociais.
Tudo isso suportado por discursos
que propagam uma falsa moral e hegemonismo doentio. Elementos que retomam o período
sombrio histórico sob o nazismo, que usou dos mesmos artifícios, com a diferença
agora que esses mecanismos de comunicação se tornaram globais.
Ao que me parece, em breve
teremos que escolher, (quando isso não for feito pelo governo de forma
autoritária, como já começa a se mostrar a Itália), qual o acesso às
informações desejaremos usar, com as “de direita” e as “de esquerda”.
O pensamento crítico em declínio
e uma fórmula que poderá trazer um apocalipse tenebroso, tudo isso pelo domínio
dos recursos por parte de poucos e mal-intencionados grupos.
E onde ficamos nisso? Como viver
sem o acesso a essas redes, se tudo o que fazemos depende delas? Mesmo quem supostamente
queira ficar de fora das redes, até para pagamento de qualquer coisa dependemos
delas.
já perdemos a liberdade há muito
tempo – acho mesmo que nunca a tivemos.
O que nos resta ainda é a
capacidade de nos indignar, mas, para isso, é preciso muito conhecimento, muita
leitura e um pensamento crítico, o que tem sido atacado por parte de mecanismos
dessas redes de dominação, apoiado em muitos casos por religiões, que são uma das
ferramentas de eliminação da razão.
Agonizamos com o último recurso que
dispomos sob nosso controle, que é o pensamento próprio, crítico e voltado aos
fatos.
É pela preservação de nossa mente
que podemos lutar, apesar de termos como adversários gigantes que detém todos
os recursos necessários para nos tornar zumbis consumidores de produtos e serviços,
sob a influência de ideologias prontas, como se fossem concorrentes em uma
prateleira de supermercado. As escolhas estão prontas: não cabe mais pensar por
si mesmo.
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