O "tudo" e o "nada" de nossa existência
Somos equilibristas caminhando num fio sobre o abismo que nos leva ao tudo e ao nada.
A dança na corda bamba que requer equilíbrio e nos ameaça a cair no abismo da arrogância ou no abismo da depressão.
Vivemos
sob o paradoxo de sermos “nada”, poeira cósmica perante a imensidão
astronômica da criação e de sermos únicos, no tempo e no espaço, o que
nos torna raros e, portanto, sagrados.
A dualidade, muitas vezes insuportável, entre a humilde condição do “mais um” e a honra do inimitável DNA.
Somos
um grande mistério para nós mesmos, levados por pensamentos e vaidades,
tolhidos pelo tempo implacável e fatal. Escravos das soluções
elaboradas enquanto a simplicidade se torce em gargalhadas de nossas
mazelas.
Caminhantes
sob um céu de estrelas, alheios à imensa beleza acima de nossas
cabeças, preocupados que estamos com futilidades e aparências.
Caçadores míopes que buscam a felicidade em lugares longínquos, enquanto a mesma encontra-se, muitas vezes, no local de onde partimos.
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