O AMOR CRESCENTE PELOS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO SERIA RESULTADO DO DECLÍNIO DA EMPATIA?
Essa questão me vem à mente, uma
vez que as pessoas que amam seus aninais de estimação revelam, principalmente
com relação aos cães, um “amor incondicional” por parte deles.
Evidentemente, um ser que nos
aceita sempre, não nos questiona e nos recebe feliz em qualquer circunstância,
é um ser submisso. Não é capaz de impor suas vontades, a menos que aceitas pelo
seu “dono”, nem mesmo o questiona em qualquer que seja a situação.
Aos bichinhos resta pedir o que
desejam de forma “fofa” e aceitar os “nãos” com subserviência. A própria relação
com um humano que se autointitula “dono”, demonstra essa relação.
Seria essa a razão de nosso “amor”?
Seria esse “amor” uma forma
disfarçada de exercício de poder? Um ser que controlamos, que impomos regras e,
em troca, recebemos afeto?
“Diminuição da Empatia: Vários
estudos indicam que os níveis de empatia, especialmente entre jovens, têm
diminuído nas últimas décadas. Uma pesquisa da Universidade de Michigan, por
exemplo, mostrou que os estudantes universitários de hoje são menos empáticos
do que os de 30 anos atrás.” (Fonte Deepseek)
A empatia é um sentimento que se
encontra em franco declínio e podemos perceber seus efeitos no crescimento de
sentimentos como xenofobia, preconceitos em todos os níveis e intolerância. As guerras
e genocídios estão em alta: basta ver as notícias.
Em contrapartida, cresce o número
de animais de estimação nos lares.
“Humanização dos Animais: A
tendência de tratar animais de estimação como "filhos" ou membros da
família tem crescido, impulsionada pela cultura e pelo marketing. Isso pode
refletir uma busca por relações mais simples e menos conflituosas do que as
interações humanas.” (Fonte Deepseek)
Num mundo onde as interações
humanas se dão por interesses egoístas e utilitaristas, um cão que nos obedeça
em qualquer situação é como um afago ao ego.
Possível Correlação Indireta: Embora
não haja evidências diretas de que a diminuição da empatia humana cause um
aumento na procura por animais de estimação, é possível que ambos os fenômenos
estejam relacionados a mudanças sociais mais amplas, como:
- Aumento do individualismo.
- Redução das interações face a face.
- Crescimento do isolamento social e da solidão. (Fonte
Deepseek)
Assim como eu me utilizei de um chat
boot para me apoiar em minhas especulações não científicas, vejo que existe um
risco crescente para o destino desses animaizinhos: os robôs.
Já se fabricam robôs pets que
podem oferecer, além de segurança, interação e atenção, informações, conselhos e
serviços domésticos. Esses não precisam de cuidados como alimentação, tosa e cuidados
médicos, não defecam nem urinam. Se abandonados, não lhe trarão transtornos e
nem remorsos.
Seria o novo mundo da I.A. um
cenário para robôs pets e abandono de nossos adoráveis bichinhos de estimação?
Qual será o limite do ego após a
morte da empatia?
Comments