MUDANÇAS CLIMÁTICAS - A POLITIZAÇÃO QUE ACELERA O CAOS
Não somente os cientistas nos trazem os cenários críticos com o aquecimento global, mas, as grandes empresas em todo o planeta consideram as mudanças climáticas em curso em suas projeções e estratégias mercadológicas.
Infelizmente, existem correntes políticas que não somente negam esse cenário, atribuindo um fato científico a um discurso “de esquerda”, como trabalham contra, interferindo em projetos de lei com resultados que podem se tornar ainda mais graves.
Garimpei algumas notícias recentes onde se desenha esse cenário.
Sob o título “Trilhões podem sumir do mercado imobiliário — e o clima é o culpado”, a Newsletter “News” em 04/02/2025 relata que:
As mudanças climáticas não estão apenas derretendo calotas polares — estão fazendo o valor dos imóveis derreter junto. Um novo relatório aponta que os prejuízos do setor podem chegar a US$ 1,4 trilhão até 2055.
Com o aumento dos riscos climáticos, os custos de seguros estão disparando, forçando as pessoas a migrarem para regiões menos vulneráveis a desastres naturais.
A pesquisa destaca que cidades como Miami, Jacksonville e Tampa estão entre as mais afetadas nos Estados Unidos.
No Brasil, Porto Alegre é um exemplo vivo. As enchentes de 2024, que causaram danos em mais de 10.000 imóveis e resultaram em R$ 500 milhões em prejuízos, geraram mudanças significativas no mercado imobiliário da região.
Ainda em 04/02/2025, a climainfo.org.br sob o título de “Empresas incorporam mudanças climáticas em planejamento, mas tema permanece fora do menu político”, relata:
Enquanto companhias utilizam inteligência estratégica para minimizar impactos e criar oportunidades em seus negócios, políticos titubeiam ao agir, avaliando que ações climáticas “não dão voto”.
Câmara dos Deputados e do Senado, que negam as evidências científicas e ainda promovem o “Pacote da Destruição”, formado por leis e propostas constitucionais que desmontam a legislação ambiental.
Enquanto políticos tentam negar o óbvio, o setor empresarial tenta salvar sua pele diante dele. Cada vez mais empresas buscam consultorias meteorológicas a fim de guiarem seus negócios, tentando evitar ou minimizar prejuízos com eventos climáticos extremos, informa a Folha.
A pergunta que faço: você confia mais em cientistas ou em políticos?
Minha resposta, que vejo como óbvia: nunca confiei em políticos – os cientistas se manifestam após pesquisas e análises, enquanto os políticos tendem a se manifestar com o objetivo do voto e de vantagens próprias de ascensão e poder.
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