A CAMINHO DA EXTINÇÃO, PRECISAMOS VOLTAR AO ÓBVIO

 

Apesar da ciência às vezes nos trazer conhecimentos que possam parecer complexos demais para nossa compreensão, existem fatos científicos muito simples e fáceis de se perceber com um mínimo de discernimento.

Ninguém consegue, por exemplo, questionar os efeitos da gravidade.

É muito fácil perceber, outro exemplo, que o nosso planeta tem um limite: não se trata de um objeto infinito.

Consultando o Chatgpt (https://chatgpt.com/ data da pesquisa em 09/08/2024):

A seguir estão alguns marcos populacionais importantes:

·         1 d.C.: ~200 milhões

·         1000 d.C.: ~310 milhões

·         1500 d.C.: ~500 milhões

·         1800 d.C.: ~1 bilhão

·         1900 d.C.: ~1,65 bilhões

·         1950 d.C.: ~2,5 bilhões

·         2000 d.C.: ~6 bilhões

·         2024 d.C.: ~8 bilhões



O histórico parte do ano “um” da era cristã. É possível ver o crescimento acelerado a partir do século XIX e uma explosão de crescimento no século XX.

Ainda com fonte no Chatgpt: “A área total dos continentes da Terra é de aproximadamente 148,9 milhões de quilômetros quadrados. Isso inclui a soma das superfícies dos sete continentes: África, América do Norte, América do Sul, Antártica, Ásia, Europa e Oceania.” (https://chatgpt.com/ data da pesquisa em 09/08/2024).

Isso significa que havia no planeta um total de 1,34 habitantes por quilômetro quadrado no ano 1 e, agora, estamos com o espantoso número de 53,73 habitantes para cada quilômetro quadrado.

Percebe-se que existe um espaço cada vez menor para cada habitante no planeta.

A diminuição do crescimento vegetativo em países do primeiro mundo não tem conseguido reverter ou desacelerar essa situação.

Ainda temos espaço suficiente para nossa existência, mas, a cada ano que passa, a situação caminha para o esgotamento do espaço.

É importante considerar um problema ainda maior: o planeta tem recursos esgotáveis, por ser limitado e não poder crescer. A população crescente, requer mais recursos para alimentação e demais necessidades humanas, num cenário de escassez crescente.

Esses dados que colhi são de fácil consulta e inquestionáveis: são números simples e observáveis.

Então, a preocupação com as questões ambientais torna-se, cada vez mais, importante, crucial.

Vemos, entretanto, uma corrente crescente de ideologias políticas que correm no sentido contrário, negando essa realidade e, de forma irresponsável, avançando na degradação dos recursos que temos.

O consumismo e a acumulação de renda, além de cruel, só se sustentam com o sacrifício de muitos.

O que me assusta é que fatos científicos não deveriam ser apropriados por ideologias políticas ou religiosas, uma vez que não se curvam a qualquer tipo de interpretação.

Negar as questões de preservação ambiental equivale a negar que exista o ar, por não poder ser visto.

Infelizmente, estou a falar de questões óbvias, mas, necessárias num momento histórico em que muitos parecem ter perdido a noção da sua capacidade cerebral. Não acho nem justa a comparação com os outros animais, posto que aqueles respeitam a natureza, cientes que são de sua necessidade de sobrevivência, não somente individual, mas, sobretudo, de sua própria espécie.

Me assusta também ouvir discursos de alguns dirigentes de empresas públicas que negam as mudanças climáticas e a evolução disrruptiva, enquanto as grandes empresas multinacionais consideram esses dois cenários como parte importante de suas estratégias, infelizmente, com uma postura voltada aos seus próprios lucros, numa corrida irresponsável por salvar a maior parte antes da catástrofe mundial, tal como um comandante tentando salvar-se e ao seu tesouro enquanto o navio afunda. A diferença é que, ainda que se procurem lugares no universo, não temos tempo para alcançá-los: não existe alternativa viável ao nosso planeta.

É preciso que se volte ao óbvio, que se valorize a ciência para a tomada das decisões, que aqueles que ainda acreditam nas religiões, que pelo menos entendam que não se mistura ciência com conceitos religiosos. E que aqueles cegos que seguem ideologias extremistas percebam que, por traz de seus conceitos insanos, existem manipuladores sedentos pelo poder, despreocupados dos meios, mesmo que, para isso, criem o caos.




 

 

 

 

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