A AVERSÃO AO JULGAMENTO MORAL
Julgar moralmente é algo que deve nos causar aversão! Vamos deixar essa
tagarelice e esse gosto desagradável para aqueles que não tem mais o que fazer,
além de carregar o passado por mais um pequeno trecho do caminho através do
tempo, e que nunca são, eles mesmo, o presente – portanto, esses muitos, ou
seja, a maioria! Mas nós queremos ser aqueles que somos – os novos, os únicos,
os incomparáveis, os que fazem as próprias leis, os que criam a si mesmos! E
para isso precisamos nos tornar os melhores aprendizes e descobridores de tudo
o que é legítimo e necessário no mundo; precisamos saber como poderemos ser
físicos, e, nesse sentido, criadores – enquanto até agora todos os juízos de
valor e ideais foram construídos com o desconhecimento da física ou em
contradição a ela. E por isso, viva a física! E viva também o que nos obriga a
ela – nossa honestidade!
(NIETZSCHE Friedrich – A GAIA CIÊNCIA)
Nosso mundo padece por suas
mazelas, escondendo-se atrás de uma falsa e velha moral e crenças mirabolantes.
Ainda destruímos nossa casa,
ameaçamos nossa espécie e acreditamos na volta de um salvador.
Se o salvador viesse, decerto questionaria
nossa atitude com o Paraíso que herdamos e com a negação do uso do cérebro
humano para submissão a contos de fadas, deuses e ideologias.
Ainda vivemos tempos em que se
acreditam em fronteiras, bandeiras e etnias.
Ainda usamos religiões e
ideologias para matar, senão o corpo, a mente de muitos.
Nietzsche , falecido em 1900, já
apontava esse mecanismo retrógrado diante do avanço do conhecimento e da
tecnologia.
A tecnologia, fruto da mente
humana liberta, é a única capaz de nos salvar das doenças, catástrofes e nos
levar à conquista espacial.
As falsas crenças, entretanto,
continuam nos ameaçando ao retrocesso e à escravidão, ao genocídio e extinção.
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