GUERRA À ESTUPIDEZ
Alguns políticos, e não são
poucos, aprenderam o caminho da bestialidade, dos discursos que não somente
promovem o ódio, como debocham do conhecimento científico, das estatísticas e
dos fatos.
Para um público que se deixa
levar por lendas, líderes religiosos oportunistas e ávidos de poder, esse tipo
de político agrada.
Isso porque, ao questionar o
inquestionável, oferecem um manto protetivo para a ignorância e desconhecimento
do cidadão que, além de tolo, se orgulha de sê-lo.
Se escondem em livros tidos como
sagrados, pois, nessa condição não existem refutações plausíveis, mas, apenas heresias.
A escalada da ignorância permanece.
E existem cartilhas a serem
seguidas.
Homens precisam mostrar músculos,
odiar a diversidade e todo tipo de criatura que não constar de seu limitado
leque de modelos plantados como "morais".
Precisam andar armados, como se
vivêssemos num faroeste.
Toda a nova descoberta de síndromes,
o que é resultado de pesquisas que permitem, pelo seu conhecimento, levar a
tratamentos e curas, soa como “mimimi” e a frase, das mais estúpidas que já
ouvi, de que “no passado isso não existia”, desconsiderando o avanço do
conhecimento e a velocidade com que esse conhecimento se renova, em níveis nunca
alcançados na história.
Esse novo tipo de troglodita ameaça
não somente os “diversos”, como a evolução da sociedade.
Promovem um caminho retrógrado e
perigoso, desconsideram o momento histórico ambiental e os riscos de uma
sociedade permissiva na escassez de recursos naturais. Colocam em risco o
futuro da espécie humana sem pudor.
Agem como agiam os navegadores na
época dos “descobrimentos”, quando sob a bandeira “cristã”, invadiam terras
alheias e promoviam todo tipo de maldade, incluindo genocídio, estupros e escravidão.
Como se o planeta fosse plano e
ilimitado, sendo salvo por um Deus que é desenhado aos seus anseios hipócritas
e nefastos.
Estamos à beira de um novo Hitler,
mas, dessa vez, o arsenal bélico nos levará à extinção humana.
É preciso lutar contra esse
movimento antinatural: sim, porque a natureza é movimento constante,
diversidade e evolução.
Compostos que somos de poeira
estelar, tivemos todos a mesma origem, homens, plantas, pedras e animais. O
respeito mútuo é o que se espera do ser humano, único conhecido que atingiu a ciência.
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