Dentro de mim existem histórias que desconheço. Milhões de anos, seres e manifestações.
Minha essência se iguala à das flores, das poças, das águias.
Somos arranjos diferentes dos mesmos e eternos elementos naturais.
A combinação que me faz da forma que sou, apresenta-se
diferente para formar a água que corre nas cachoeiras.
Esses mesmos elementos que me constituem estavam presentes
nos dinossauros e irão compor, quem sabe, uma ave no futuro, ou uma rocha.
Isso que parece filosofia é ciência.
Somos manifestações diferentes com uma origem comum.
Somos irmãos, querendo ou não.
Nossa mente parece não atingir essa consciência, essa
verdade elementar e grandiosa.
Meu sangue corre, irriga, se renova. Já foi cachoeira, rio,
nuvem.
Dentro de mim existem histórias que desconheço. Milhões de
anos, seres e manifestações.
Minha essência se iguala à das flores, das poças, das águias.
Meu ser é algo móvel, se transforma constantemente.
Viajo com meus pares pelo universo em velocidades
inimagináveis, apesar de imperceptíveis.
Sou movimento, renovação, morte e ressurreição.
Eterno e volátil.
Talvez não exista um “eu”, mas um “nós” inconsciente.
A arrogância é um erro, um engano dos menos informados, uma
ilusão.
A humildade é o caminho da compreensão: o que chamamos “sabedoria”.
A consciência do átomo.
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