SOMOS SERES TRIDIMENSIONAIS: "DIREITA" E "ESQUERDA" SÃO APENAS PARTES LIMITADAS DE NÓS MESMOS

 "A excelência, então, não é sobre o que você é: é o que você faz que importa." (@horizonteampliado)


A avalanche de informações que recebemos, superficiais e tendenciosas, nos coloca em polos e alimenta uma nova indústria da informação, que se enriquece com as visualizações nas redes sociais.

Essa indústria, para prosperar, necessita de constantes manchetes que despertem o interesse e causem a polarização ideológica.

Quanto mais discussão nas redes sociais, mais acessos conseguem.

Participamos como defensores e acusadores, muitas vezes baseados em notícias falsas, frágeis conceitos de uma moral igualmente frágil e usada na tentativa de fundamentar argumentos sem fundamentos, tanto do ponto de vista histórico quanto do científico.

Esse jogo nos leva a extremos e criam "cartilhas" de conduta e dialética.

Ignorando a complexidade humana, adotamos rótulos que podem ser de "direita" ou de "esquerda".

Para isso, ficamos ávidos em saber como se comportam os indivíduos de cada um desses extremos que escolhemos.

É comum ocorrer um fato e, sem opinião própria, esperarmos as manifestações dos "influencers" do extremo que escolhemos para, só então, construir nossas "opiniões" e dispararmos frases feitas, pensamentos enlatados e jargões irrefletidos.

Vale tudo: mentiras, até mesmo as mais fáceis de ruírem ao menor esforço de pesquisa histórica. O importante é se posicionar ao lado escolhido e adotar uma condição de influenciador, que é o desejo de muitos.

Mas, as manifestações são frágeis, volúveis e rapidamente esquecidas, servindo apenas para escancarar a nossa mediocridade e insignificância, assim como nos rotular em um canto dos extremos para sermos incluídos de um lado e execrados do outro.

Ocorre que nossa influência no mundo e na história é quase sempre desprezível. Somente ganha corpo quando agimos.

As ações são mobilizadoras, criam movimento, criam ou destroem preconceitos e causam resultados concretos. Quando dirigidas ao bem coletivo, causam impacto e podem iniciar processos que contribuam para nossa evolução.

Mas, para isso, é preciso pesquisa, estudo em profundidade, experiência. Ouvir muito mais do que se manifestar e, quando vier a se manifestar, o faça com consistência e conteúdo. 

Não escolher "lados", mas, agir como o bom cientista, que busca os fatos, independente do resultado que possa atingir, não se importando em provar suas premissas, mas, em alcançar conhecimento, mesmo que os resultados venham a contradizer suas premissas, pelo amor ao conhecimento dos fatos.

E, mais importante do que se manifestar, agir, mostrar resultados realizados ou possíveis: isso muda o mundo.

Isso exige coragem para se despir de preconceitos e ideologias, mas, é assim que se alcança a verdadeira liberdade.




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