NACIONALISMO

 "Não sou de bando nenhum - devolveu Fermín - E tem mais: para mim, as bandeiras são trapos coloridos que cheiram a ranço, e quando vejo alguém se enrolar numa delas e encher a boca de hinos, escudos e discursos, já me dá caganeira. Sempre achei que quem se apega muito ao rebanho tem alguma coisa de ovelha ou cordeiro." (ZAFON, Carlos Ruiz, O PRISIONEIRO DO CÉU, editora Suma, 2017, pág .157).


Existem palavras que se desgastam pelo uso repetitivo e, muitas vezes, deturpado e, por essa razão evito usá-las.

Uma delas é a palavra "narrativa", tão em moda e usada atualmente para sustentar pensamentos preconceituosos e legitimar toda sorte de descalabros.

Entretanto, o nacionalismo tem sido base de muitas injustiças e de dominação.

Pelo nacionalismo se mata, estupra e mata povos e nações através da história, da mesma forma como a religião, utilizada como suporte a toda sorte de crueldade.

Do ponto de vista da ciência da astronomia, somos tão breves e diminutos que a separação de crenças e nações chega a ser ridícula.

Faríamos mais se nos entendêssemos como "espécie humana", incluindo todas as suas formas e diversidade. Melhor ainda, se entendêssemos toda vida como sendo parte de um todo. Parte essa resultante de muita evolução e importante no equilíbrio do todo.

Àqueles que defendem o nacionalismo, as ideologias ou as religiões, sugiro o estudo da história humana para que percebam que são mecanismos de manipulação e dominação que levam a guerras e genocídios. 

Lembro ainda que, nas guerras e genocídios, os "mitos" não morrem: quem morre é o povo.


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