SOMOS MOVIMENTO

 

Do momento em que nascemos, nossas células se reproduzem, morrem e são substituídas continuamente. Envelhecemos a cada dia e, apesar de podermos demonstrar mais ou menos esses sinais, o destino é implacável.

A ilusão de paralisia é insana, posto que até mesmo o chão em que pisamos viaja em movimentos em torno do centro do planeta, que gira em torno de uma estrela, que se movimenta dentro da galáxia, que se move no universo, talvez multiverso.

Lutamos por pensar diferente, criamos mitos, fantasias e lendas. 

Apegamo-nos de tal forma à resistência que nos tornamos desumanos e antinaturais.

Ao negarmos o óbvio de nossa transitoriedade, atropelamos sentimentos, criamos estereótipos e preconceitos, condenamos e matamos.

O desespero do apego tem somente uma razão plausível: o medo do óbvio destino de todos – o medo da morte.

Mas, ao tentarmos fugir da morte, fugimos também da vida, deixamos de aproveitar a fluidez, não aproveitamos o movimento para nos fortalecer e evoluir. Congelamos os sonhos de muitos e, em última instância de nós mesmos.

A vida é fluir, viver é fluir e evoluir.

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