TRANSITORIEDADE: NOSSA MAIOR MISSÃO

Mais um dia que começa. Apesar de tudo parecer se repetir, isso não passa de mera ilusão.

Após mais uma noite de chances, acordo parecendo ser o mesmo. Digo "noite de chances", pois, é isso mesmo que me parecem ser as noites. Sentimo-nos diante de uma morte temporária. A luz nos abandona, o silêncio impera, migramos para o inconsciente e ressurgimos, no dia seguinte, com a luz novamente e os sons de um novo dia. Tal como uma forma de ressurreição, temos novas oportunidades, chances de nos reinventar, de rever decisões. Nem sempre aproveitamos, talvez pelo fato de lidarmos com pressões que reputamos ao ambiente externo, mas que, de fato, encontram-se dentro de nós. Somos nossos priores sensores.

Mas, apesar de tentarmos manter opiniões, conceitos e comportamentos, não somos capazes, porque a natureza não nos quer estáticos. Somos seres dinâmicos, num universo igualmente dinâmico. A mudança é a lei da evolução.

Quando uma espécie rasteira decide saltar, cria um movimento novo que será, aos poucos e ao longo de grandes períodos de tempo, repetido e aperfeiçoado. Em algum momento, esse salto tornar-se-á um voo. O salto desse ser primordial não ocorreu por simples vontade, mas, por imposição, pela sobrevivência, para conseguir se alimentar ou para fugir de um predador. Em algum momento, todos voarão e se esquecerão dos tempos em que rastejavam, vivendo a ilusão de que todos sempre foram capazes de voar.

Dessa maneira, companheiro leitor, queira ou não, você está aqui para evoluir e isso significa mudar continuamente. Aproveite o novo dia e ouse saltar: um dia, ainda que não seja você, ainda que seja seu neto ou tataraneto, alguém poderá voar.

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