CONARH – 40 Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas - uma menção à parte para Felipe Mello

Após relatar algumas "pérolas" anotadas no evento CONARH – 40 Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas, ficou em mim o sentimento de injustiça para com o "iluminado" Felipe Mello, uma pessoa que acendeu em mim uma criança que insisto em fazer dormir, mas simplesmente não consigo, para meu próprio bem.

Após a palestra, o nobre Felipe distribuiu exemplares de seu livro "Interessados & interessantes", que li rapidamente e selecionei frazes que me tocaram de forma especial.

Seguem essas anotações, para deleite de quem ainda não conhece o autor. Se você trabalha na Cia. Águas de Joinville, aguarde meu retorno de férias: doarei o exemplar à biblioteca.


“...caminho com a esperança ativa de que a comunicação vitaliza o encontro das sementes com os terrenos férteis, pois mais do que nuvem onde reside o pensamento, é chuva que toca o corpo humano e gera resuldados bons ou ruins.”(p.15)

“O norteador de cada passo foi a busca contínua pela excelência no fazer comunicacional, procurando, criando e aproveitando cada oportunidade para aprimorar as relações humanas por meio da ética.” (p.16)

“Há algo que vem sendo compreendido em relação às perguntas apresentadas sobre a casa, ou ainda, o local de nascimento de cada um. A palavra ethos, filha do grego arcaico, significava a morada do humano em dois sentidos, literal e simbólico. Cada vez mais se amplia o desejo de celebrar a casa primordial e o que por lá foi aprendido. Tem um forte sentido o encontro do significado da palávra ética com o núcleo social mais próximo, ou seja, a família, os amigos, a escola e a comunidade em geral.” (p. 22 e 23)

“Cheia de curiosidade, os bebês se espantam com tudo. Vivem de pura filosofia, uma vez que a base de qualquer aventura filosófica é a capacidade humana de se espantar com as coisas da vida. Quando a curiosidade e o espanto enfraquecem, o ser humano perde a vontade de caminhar. Como se as suas asas tivessem sido brutalmente arrancadas e as notas do seu canto roubadas, o indivíduo troca a imensidão do céu por um pequeno espaço no canto de um ninho qualquer.” (p.26)

“...que história é essa de ser um perdedor feliz? Sim, hoje posso confessar sem pudor ou medo de ser internado que aprendo muito nas minhas dificuldades, derrotas, desventuras ou como queiram classificar as oportunidades nas quais as coisas não afagam nossas expectativas. Minha escolha clown me libertou da caverna escura onde só existe lugar para winners ou losers.” (p.31)

“Após este momento autocrítico, faço um ajuste, voltando à caverna de onde fuji. Quando eu disse que lá dentro só cabem winners ou losers, reforço dizendo que lá dentro só há glória na vitória porque as derrotas são vergonhosas. Hoje eu tenho orgulho dos meus fracassos, pois eles desnudam os aspectos que ainda me afatam da plenitude dos meus talentos.” (p.31 e 32)

Que venham as novas terras, planaltos e planícies. Mas, por favor, retire do meu pedido as fronteiras. Não quero esse pickles no meu sanduíche. Quero um sanduba sem fronteiras como as conhecemos. A minha única linha divisória atual é o profundo respeito à vida, que busco ampliar temperando o conhecimento com a ética. Aí sim, acredito que esteja o caminho, pois me permite gerar sabedoria. Ela é fruto nobre, pois não se encontra entre gente vulgar.” (p.32)

“Hoje eu sei que o maior desafio é melhorar a qualidade das minhas dúvidas. Evoluir é tornar as minhas perguntas mais inteligentes, especialmente porque estão conectadas com alguma dúvida realmente importante para a minha caminhada.” (p. 33)

“O interessado se torna interessante. Será esta a frase do para-choque do meu caminhão. Afinal, quem não sonha em ter um caminhão?” (p.33)

“Só me interessa ser eterno pelos sorrisos que cultivei. Só tudo isso.” (p.34)

“O Pequeno Príncipe de Saint-Exupéry é um pequenino palhaço. Sua receita é simples e transformadora: logo quanudo acordar, faça a sua toalete. Depois saia para fazer a toalete do planeta.” (p. 44)

“Se pularmos do trampolim, podemos cair, mas também podemos voar. O que distingue o vôo da queda? A crença no valor da obra.” (p.45)
“Triste é o caminho daquele que aposta mais na velocidade alta do que na direção correta. O animal humano entristece progressivamente ao passo em que se percebe em alta velocidade, mas se distanciando cada vez mais daquilo que deseja para sua vida profissional, pessoal ou social, que, afinal de contas, pe uma só. (p.46)

“Mora no ser humano, além do potencial para a repetição que enferruja, uma transgressora lente que reconhece beleza e nutrientes criativos. A lente do olhar generoso, sinônomo de bagagem leve na alma, permite descobrir cenas cotidianamente poéticas. Ela vem pela decisão de encontrar beleza nos recônditos da vida, pequenos encontros relacionais, sorrisos breves e sem jeito, olhares agradecidos, músicas que combinam com o momento, cheiros e sabores que afagam o corpo físico, carinhos simples, textos bonitos e vento na cara. Tudo tão disponível, diariamente.” (p.51)

“Qual é o sentido de amar a si mesmo? Acredito que a gente só pode dar por muito tempo e com qualidade aquilo que cultivamos dentro de nós. Amor próprio é combustível para o amor mundi, ou seja, o amor por tudo o que existe e vive.” (p. 56)

“...a vida atual demonstra a cada dia que paixão e saúde são forças indissociáveis; já dizia Hipócrates, o “pai da medicina”, que “o homem que se afasta do seu destino adoece.” (p.57)

“Voltando ao universo hipocrático, apatia significa “ausência de paixão” e, anestesia, “ausência de ¹sentimento”. (p.57)

“Hegel (filósofo alemão do século 18) diz que “nada de grandioso no mundo foi realizado sem paixão”. (p. 57)

“...expresso na equação de Eduardo Galeano: “somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para criar o que somos.” (p.88 e 89)

“Logo no início do texto usei uma expressão maffesoliana: ouvir o mato crescer. Nutrir a capacidade de perceber as mpultiplas possibilidades de uma mesma situação, definindo e explicando menos e compreendendo mais.” (p. 104)

“Ao oferecermos as nossas mãos às crianças, nós, queridos e distraídos adultos, talvez devêssemos dar o devido valor ao ritual sagrado que se estabelece. Menos força e mais afeto, menos pressão e mais afeição.” (p. 110)

“Corajoso não é quem ignora o medo, mas, sim, quem reúne forças e atitudes para enfrentar a paralisia e ousar fazer diferente.” (p.138)

“Mesmo Nietzsche, que muitos consideram um pessimista de carteirinha, disse que “sem a música, a vida seria um erro.” (p.151)

“Meu sangue é feito de células, pequenas e inúteis individualmente. Mas indispensáveis no conjunto da obra, por se agruparem e multiplicarem vida em mim. Meu caminho, meu existir, é exatamente igual. Que eu tenha a inteligência de apostar nos cavalos certos, que passam diariamente à minha frente, aguardando a minha atitude de montá-los, para juntos cavalgarmos pelas folhas vindouras do calendário. Viva o miudo da vida! É nele que me faço. É dele que eu quero me alimentar.” (p. 156)

“A velocidade só parece se justificar se traz consigo uma justa relação com a direção que se supõe correta.” (p. 158)

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