OS ZUMBIS SEGUIDORES DAS “TENDÊNCIAS”.
Antes se dizia da “moda” que,
para os mal informados, era aquilo que “todo mundo que é legal gostava”. Na
tradução, os grandes empresários definiam o que queriam produzir e, através da
mídia – preferencialmente a televisão – doutrinavam a população sobre o que se
deveria usar, e comprar.
Assim, as pessoas compravam o que
viam na TV, o que os astros usavam nos filmes e novelas. Quem se recusava a seguir o “modelo”, era
alvo de bullying, era considerado estranho, “cafona” e outros adjetivos
depreciativos.
Acontece que as pessoas compram e
usam esses “modelos” enquanto são considerados como “moda”. Mas o mercado
precisa vender, então, a moda tem que mudar. Muda-se a moda e as pessoas têm
que acompanhar, seguem o ciclo e o mercado atinge suas metas.
Com a globalização e as novas
tecnologias, o mercado ganhou velocidade. A “moda” nunca mais poderá, portanto,
ser alcançada – em seu lugar, veio a “tendência”.
Mais volátil, se encaixa no
modelo de mercado que se quer desenvolver. Assim sendo, as pessoas seguem
“tendências”, que nunca se estabelecerão como “moda”, pois que estarão sempre
em processo, em movimento, exigindo compras mais frequentes.
Os novos clientes são ambientados
na velocidade das redes sociais e por elas influenciados. A imagem perfeita
criada nas redes sociais precisa estar em dia com as “tendências”. A
insegurança é a marca desses novos clientes, sempre insatisfeitos com o que
possuem, querendo sempre algo que não atingem, ou que usufruem por um breve momento
de conquista, para, logo depois, perceberem que as “tendências” já apontam para
outro modelo. Como os “zumbis”, são levados a não questionar, a seguirem as
“tendências”.
A imagem é mais importante que
qualquer coisa e, assim, vão ficando para trás a ética, a moral, a tolerância e
a luta pela justiça e por um mundo melhor.
O “mercado” é o novo "deus", ditando
regras, estipulando modelos, manipulando as pessoas para que comprem o que
querem vender. Os governos não se atrevem a intervir nas “leis de mercado”, que
são os novos mandamentos sagrados.
Acordem “zumbis”: vocês foram
programados para serem infelizes e a consumirem produtos e serviços, muitos
deles supérfluos e desnecessários, alguns atentando para suas próprias saúdes. Preferem o poder de compra aos serviços públicos básicos. Vivem sem educação, saúde e segurança e recebem informações fúteis diariamente. Tornam-se o exército do consumo e pagam diversas vezes pelo mesmo serviço: saúde pelos impostos, mas, se desejar ser atendido com dignidade e qualidade, terá que pagar um plano particular, o mesmo ocorrendo com a educação, segurança etc.
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