Eficiência Energética: por que não em Joinville?

Publicado no Jornal A Cidade - Joinville, 20 de junho de 2011
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  • João Abeid Filho | rotadovento@yahoo.com.br

     No dia 13 de junho passado, esteve na Acij o presidente da Celesc, Sr Antônio Gavazzoni, ocasião em que anunciou que aquela empresa investirá R$115 milhões de reais na região de Joinville, nos próximos quatro anos.

    Os investimentos anunciados referem-se a obras de infra-estrutura elétrica, para garantia de atendimento à demanda pela chegada de novas empresas na região, além do esperado crescimento previsível para o setor elétrico.

    O que poucos sabem, entretanto, é que existem mais recursos destinados a Eficiência Energética.

    A Aneel (Agência Reguladora de Energia Elétrica), estabelece, em seu contrato de concessão com a Celesc, que, do Resultado Operacional Líquido Anual – ROL, sejam destinados 0,5% em ações de Eficiência Energética.

    Essas ações têm como finalidade o investimento na eficiência energética em prédios públicos, hospitais e ONGs e principalmente (60% desse montante), para atendimento a famílias beneficiadas com o Cadu – Cadastro Único (Bolsa Família).

    Em Joinville, existem cerca de 16.000 famílias que poderiam ser beneficiadas por esses recursos.

    A Celesc tem investido em diversos municípios de Santa Catarina, mas, estranhamente, não investe em Joinville.

    Para se ter uma idéia, este ano, nas palavras do próprio presidente da Celesc, estão sendo investidos R$58 milhões de reais – (nenhum valor para Joinville até este momento) – de um total de R$200 milhões a serem investidos nos próximos 4 anos.

    O que poderia ser feito com esse recurso (que já está sendo feito em outros municípios):

    - substituição de lâmpadas, geladeiras e chuveiros por modelos eficientes, para cada uma das 16.000 famílias que recebem o Bolsa Família no município.

    Outros benefícios podem vir associados ao projeto, como fazem outras concessionárias de energia no país, como o investimento em cursos profissionalizantes para a população de baixa renda, por exemplo.

    Estive no evento e perguntei ao Sr Gavazzoni se Joinville seria atendida, obtendo a resposta de que a Celesc pretende sim investir na cidade com esses recursos.

    Pela experiência que tenho de trabalho no setor elétrico, entendo que cabe agora ao poder público municipal bater às portas da Celesc e cobrar esse investimento.

    Afinal, Joinville é a maior cidade do estado em população, estou certo?


    Administrador, Consultor e Professor

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