O "EU" ESQUECIDO
Hoje fiz algo que há tempos desejava, mas, não encontrava tempo: procurei meu "eu" esquecido. Talvez um tempo que postergava por fugir de mim, de minhas entranhas. Entranhas estranhas, que escondem um "eu" que tento conhecer, mas, tenho medo. Sei como encontrar esse "eu": basta uma música. Não qualquer música, é claro, mas "aquela" música que cataliza essa viagem. Cada um tem a sua e o leitor decerto sabe encontrá-la. A música tema de um momento, de um ou mais encontros, ou de desencontros. Pode ser outra coisa, uma música sem relação com minha história, mas que, pela beleza e sensibilidade, toca as cordas de minha alma, tal qual um músico experiente dedilha uma harpa empoeirada, esquecida no sótão de uma casa abandonada pelo tempo. Quando encontro meu "eu", fico confuso e infantil. Choro. Me lembro de quando pensava ter em mim uma capacidade de amar incompreendida, imensa, que ardia em meu peito. Imaginava poder encontrar es