I.A, CHATGPT E A CRIATIVIDADE HUMANA

 

Imagem criada pelo ChatGPT para esse post.


A I.A.(Inteligência Artificial), não é uma ferramenta nova: ela já existe em muitas plataformas que usamos frequentemente e nem sequer nos damos conta disso.

Apps de bancos, sites de compras, redes sociais etc, já a utilizam há algum tempo.

Há pouco tempo, entrei no ChatGPT por curiosidade e isso me trouxe uma experiência muito interessante.

As respostas às perguntas que propomos são muito bem elaboradas e completas. Entretanto, quando tive uma ideia sobre um novo tipo de App, percebi que, embora tenha conseguido uma resposta incrível, a ideia foi minha: o algoritmo apenas interpretou e organizou essa ideia de forma perfeita.

Essa experiência me fez perceber que, apesar de ser uma ferramenta poderosa – e irá se tornar cada vez melhor rapidamente – ainda parte de nós, humanos, a criação, a criatividade.

Então, imaginando um cenário distópico em que a I.A. venha a eliminar muitas das profissões hoje em curso, ainda nessa premissa será necessária a criatividade humana e a intencionalidade nas propostas a serem submetidas ao algoritmo.

A questão é que a criatividade não é um “dom” ou um atributo de algumas cabeças privilegiadas. Nosso cérebro funciona com sistemas neurais, criamos algo quando associamos conhecimentos que temos em sinapses, compondo novas configurações.

Em um exemplo simples: eu conheço os pássaros e a forma como se sustentam em vôo, conheço também os motores que movem os automóveis. Logo, posso criar o avião. Esses dois conhecimentos, conectados pelas sinapses neurais, permitem a criação.

Então, é mais criativa a pessoa que tem mais conhecimentos, sobretudo quando esse conhecimento é eclético, abrangendo diversas áreas do conhecimento humano. Quanto maior o conhecimento, maiores as possibilidades de sinapses.

E como se obtém conhecimento? Através de pesquisa, estudos, leitura e, principalmente, de vivência e prática.

Assim sendo, é preciso usar o tempo que temos de forma a criar espaço para a pesquisa, a leitura e a prática de atividades novas, para que sejamos criativos e possamos fazer parte importante em um mundo dominado pela I.A.

Na contramão, temos hoje um cenário de baixo interesse pelo conhecimento, apego a preconceitos e submissão a doutrinas, sejam elas religiosas ou ideológicas. Um cenário que pode criar uma multidão de desempregados dependentes de políticas públicas.

Interessante que o mesmo Estado que economiza na educação de qualidade, irá pagar o preço alto na administração dessa população que se tornará cada vez mais despreparada para o futuro que se apresenta e que chega de forma acelerada.

Haverá aqueles que argumentarão que, por essa razão, a educação deveria ser privada. Esquecem-se que a iniciativa privada tampouco se preocupa com esse cenário. Com o objetivo do lucro irresponsável, ela também se torna um fator de queda na qualidade do ensino, promovendo cursos baratos e concedendo diplomas que em nada contribuem com a carreira dos seus “clientes”.

O tempo da progressão profissional estar associada aos diplomas está se esgotando. Diplomas não mais são determinantes no acesso a empregos de qualidade. Hoje são barreiras para acesso a alguns cargos, mas, creio que deixem de sê-lo com o aumento da procura de profissionais criativos.

A busca permanente pelo conhecimento é a única via para o profissional a partir da I.A. Estudar precisa se tornar uma tarefa diária na vida de todos nós.

 

 

 

 

 

 

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