Momentos Mágicos – dia 22 de janeiro de 2018
Castelos no meu caminho…
Hoje em meu trabalho diário de
visita às famílias, entrei numa rua e fiquei impressionado com o que vi: no
final dessa rua erguia-se, imponente, um castelo. Um castelo branco, como aqueles
dos contos de fada, com suas torres se erguendo para o céu azulado de verão.
Uma viagem a um passado
imaginado. Um sonho de um morador da cidade
que depositou todos os seus esforços e recursos para realizá-lo. O resultado é
mesmo espetacular.
Mas como fica essa imagem no
cenário urbano de uma metrópole em pleno ano de 2018 DC?
Engolido em meio às muitas
construções, tenta impor-se, sem sucesso, na paisagem da cidade.
Nesse castelo mora uma família
comum, nada da realeza, muito menos rei, príncipes ou princesas.
O momento presente nos permite
construir e viver em castelos, mas, trata-se de uma releitura do passado, como
muito se vê na pós-modernidade, onde não existem cavalos ou carruagens, mas, em
seu lugar, automóveis. No seu interior aparelhos de TV, internet e outras
criações contemporâneas que, se fossem descobertas na época dos castelos,
certamente seriam tidas como bruxarias, levando à fogueira os seus moradores.
Apesar de o prédio aparecer e
mostrar toda a sua presença exótica na paisagem urbana, não é mais do que outra
forma encontrada de construção de sonhos, de ostentação infantil que o mundo
vive na atualidade.
Afinal, não seriam os automóveis
de luxo, os cuidados excessivos com a estética e o consumismo desenfreado,
demonstrações semelhantes?
De qualquer maneira, não posso
deixar de admitir que encontrar um castelo em meu caminho foi, de fato, um
momento mágico que me trouxe a reflexão sobre nossa busca eterna pela
realização de sonhos.
E, cá entre nós, me trouxe à
superfície a criança que ainda insiste em existir dentro de mim.
Já não sou
aquela criança que corria livre pelas ruas da minha cidade. Na verdade estou
bem longe do meu mágico lugar de infância. Mas ainda conservo minha imaginação.
Ainda busco aventuras em castelos, princesas em torres e espreito nas casas
abandonadas.
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